29 junho 2009


"Dar dinheiro a uma puta é como deitá-lo no cano de esgoto"
Henry Miller in Dias tranquilos em Clichy

05 abril 2009

Chuva

“As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir
São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder
Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera
A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade “

Mariza, Composição: Jorge Fernando

03 julho 2008


"Enquanto houver chulos e raparigas indecisas e crédulas, haverá putas."
Jeanne Cordelier in Crónica da mais velha profissão do mundo

"Uma puta começa a pensar, é preciso abafá-la ou enviá-la para o mais longe possível como embalagem perdida. Senão torna-se perigosa."
Jeanne Cordelier in Crónica da mais velha profissão do mundo

"Toma atenção, o prédio é habitado só por putas. Nunca leves lá o teu pai, tem cuidado com o telefone e com as rusgas!"
Jeanne Cordelier in Crónica da mais velha profissão do mundo

"Não se deve ter o coração demasiado terno, deve-se evitar pensar quando se faz de puta."
Jeanne Cordelier in Crónica da mais velha profissão do mundo

"Essa não se deve considerá-la puta: não frequenta a casa para melhorar os rendimentos, mas sim para gozar."
Jeanne Cordelier in Crónica da mais velha profissão do mundo
"Puta falhada, mas mesmo assim puta! Não te esqueças, minha linda, que quando largas o crouchet é para te deixares foder, tal como eu."
Jeanne Cordelier in Crónica da mais velha profissão do mundo

"Vim atrás deste homem, sou uma prostituta destroçada pela angustia e tenho medo que ele me mate."
Jeanne Cordelier in Crónica da mais velha profissão do mundo

"Fica comigo, livre de toda a preocupação tal como se viola uma puta."
Jeanne Cordelier in Crónica da mais velha profissão do mundo

"Não passas de uma puta reles, fodes mal, hei-de voltar!"
Jeanne Cordelier in Crónica da mais velha profissão do mundo

"Proporia 500 a cada uma, sem rodeios, porque nos acharia frescas, porque está farto das putas com os olhos rodeados de pestanas falsas e que já não têm cheiro, de tanto se perfumarem, e nós não temos ar de putas..."
Jeanne Cordelier in Crónica da mais velha profissão do mundo

02 julho 2008


"Eia, policia de uma figa, confessa lá que é mais fácil correr atrás de uma puta do que de um bandido."
Jeanne Cordelier in Crónica da mais velha profissão do mundo

"Já te tinha prevenido Sandrine, uma puta triste, é, na verdade, terrivelmente triste."
Jeanne Cordelier in Crónica da mais velha profissão do mundo

"Estou a vê-la aos 40 anos com a beata ao canto dos lábios, apoiada a um candeeiro: a verdadeira caricatura, a puta incurável."
Jeanne Cordelier in Crónica da mais velha profissão do mundo


"Gerard para quem tudo é facilidade, vê me como puta , tanto de dia como de noite; puta até com ele."
Jeanne Cordelier in Crónica da mais velha profissão do mundo

"Sou puta, meu filho. Ou já não se nota?"
Gabriel Garcia Marquez in Doze Contos Peregrinos

28 abril 2008

"Tenho um letreiro nas costas, na testa e no peito, uma ardosiazinha preta onde está escrito a giz branco a palavra puta."
Jeanne Cordelier in Crónica da mais velha profissão do mundo
"É assim que avanço no labirinto da prostituição, de cabeça para a frente, olho aberto, não me poupando em momento nenhum, nunca recusando um cliente, seja corcunda ou defeituoso, maneta ou perneta, sádico ou masoquista, repugnante."
Jeanne Cordelier in Crónica da mais velha profissão do mundo

"O ginecologista das putas, que também ganha a vida a abrir-nos as pernas."
Jeanne Corddelier in Crónica da mais antiga profissão do mundo
"Uma em cada quatro prostitutas foi violada na infância, a maior parte das vezes pelo pai, e 49% tinham menos de 17anos quando se prostituiram pela primeira vez. Sete em cada dez são chuladas e pagam percentagens."
Jeanne Cordelier in Crónica da mais velha profissão do mundo
"O homem abate-se sobre nós desvairado, chama-nos filha, filha querida, boazona, linda, porca, puta adorada."
Jeanne Cordelier in Crónica das mais velha profissão do mundo

21 abril 2008

"Sonhava ser prostituta, de noite, ao fundo dos bosques, porque já se tinham farto de me dizer que não havia melhor para dar lucro e que não era fácil sair de dificuldades de outra maneira."
Jeanne Cordelier in Crónica da mais velha profissão do mundo
"O que eu precisava era de trabalhar numa «casa», numa das verdadeiras, com mulheres, com prostitutas. Nada melhor do que uma boa promiscuidade enriquecedora para a principiante que eu era. (...) Ao contactar com as outras, talvez aprendesse, quem sabe? Talvez me tornasse numa prostituta afamada."
Jeanne Cordelier in Crónica da mais velha profissão do mundo
"Estou farta de ler nas paredes que a minha mãe é uma prostituta."
Jeanne Cordelier in Crónica da mais velha profissão do mundo
"A prostituta não vende só o seu sexo, mas também a sua degradação. A condição feminina, que se exprime ao máximo na prostituição, e o machismo levado até ao horror põem em evidência o que na vida corrente se consegue disfarçar atrás dos bons costumes e da hipocrisia das boas maneiras."
Jeanne Cordelier in Crónica da mais velha profissão do mundo
"Um tal Morasso pretende que «o impulso sexual é a causa principal que leva a mulher à prostituição» enquanto Lombroso descobre «a frigidez sexual da prostituta». O mesmo sábio italiano pode gabar-se de uma teoria sedutora que estabelece «a total identidade do criminoso-nato e da prostituta-nata» e garantir assim a boa consciência da sociedade, ja que se tornam inúteis as perdas de tempo, de dinheiro ou mesmo de compaixão por estes párias-natos."
Jeanne Cordelier in Crónica da mais velha profissão do mundo
"A prostituta é uma cloaca"
Santo Agostinho citado por Jeanne Cordelier in Crónica da mais velha profissão do mundo
"Quem se preocupa com a facilidade da vida de uma puta?"
Jeanne Cordelier in Crónica da mais velha profissão do mundo
"O arquétipo da mulher-puta surge de facto na literatura com uma frequência que não é de modo algum justificada pelo lugar que as prostitutas ocupam na sociedade e cuja única explicação se encontra na benevolência que os homens sentem por esta versão da existência feminina."
Jeanne Cordelier in Crónica da mais velha profissão do mundo
"Quanto às prostitutas, contentamo-nos geralmente, quando pensamos nelas, com uma poesia barata, com as alegres obscenidades dos frequentadores de bordeis e com alguns Boule de Snif ou Manon Lescaut, heroinas pitorescas de uma literatura exclusivamente masculina." Jeanne Cordelier in Crónica da mais velha profissão do mundo
"Muitas vezes me interrogo sobre o que pensarão as prostitutas das estatísticas, dos inúmeros inquéritos, testemunhos mais ou menos sinceros ou provocantes, explicações ousadas ou discursos moralizantes que hoje em dia se multiplicam, sem nada se alterar na sua condição e na nossa enorme hipocrisia."
Jeanne Cordelier in Crónica da mais velha profissão do mundo

19 fevereiro 2008

"Tacitamente, o Partido tendia até a fomentar a prostituição como forma de dar vazão a instintos impossíveis de suprimir completamente. A mera libertinagem não era tida por muito grave, desde que praticada furtivamente, sem alegria e apenas com mulheres de classe miserável e desprezada."

George Orwell in 1984



"Ser apanhado com uma prostituta podia significar 5 anos num campo de trabalhos forçados."

George Orwell in 1984



"As relações com prostitutas estavam, evidentemente, proibidas, uma daquelas regras ue de vez em quando se arranjava coragem para infringir."

George Orwell in 1984

25 janeiro 2008


"Putas!, disse-lhe, atormentado pelo fogo vivo que me queimava as entranhas. É isso que vocês são!, gritei: Putas de merda! Não quero saber mais nada de ti, nem de nehuma outra prostituta no mundo."
Gabriel Garcia Marquez in Memória das minhas putas tristes
"Vestia-a de acordo com a idade e a condição que convinham às minhas mudanças de humor: noviça apaixonada aos vinte anos, puta de salão aos quarenta, raínha da babilónia aos setenta, santa aos cem."

Gabriel Garcia Marquez in Memória das minhas putas tristes

21 janeiro 2008


"A quem me pergunta respondo sempre com a verdade: as putas não me deixaram tempo para ser casado."
Gabriel Garcia Marquez in Memória das minhas putas tristes

"Sabia que nunca chegaria a ser amor, mas a atracção satanica que exercia sobre mim era tão ardente que tentava aliviar-me com quanta putinha de olhos verdes encontrava pela frente."
Gabriel Garcia Marquez in Memória das minhas putas tristes

"Fazia a sua colheita entre as menores de idade que engatavam no seu estabelecimento, as quais iniciava e espremia até passarem à vida pior de putas formadas no bordel histórico da Negra Eufémia."
Gabriel Garcia Marquez in Memória das minhas putas tristes

"Nunca fui para a cama com nenhuma mulher sem lhe pagar, e convenci as poucas que não eram da profissão pela razão ou pela força a que recebessem o dinheiro nem que fosse para o deitar no lixo."
Gabriel Garcia Marquez in Memória das minhas putas tristes

13 novembro 2007


"Os estados Unidos são a prostituta que serve dois garanhões alucinados."
Robert Ludlum in Parsifal Mosaic

16 outubro 2007

"A prostituta experiente, independentemente das razões que a animavam, actuaria com eficiência, e ele desejava, necessitava dos efeitos daquela actuação. (...) A prostituta actuara, embora não da maneira como previra. A cortesã sensual fornecedora de prazeres aos ricos não passara de um engodo."
Robert Ludlum in O mosaico Parsifal

08 outubro 2007


"Bolas, já fui um aleijado para poder lidar com a minha impotência, uma prostituta escravizada para alimentar o meu lado feminino, um soldado para me libertar da minha desconfiança da autoridade..."
Joanne Harris in Danças e Contradanças

01 outubro 2007

"A atmosfera pesada está impregada de incenso e é a partir daqui que os penitentes descem a Butte de Montmartre até Pigalle, lá em baixo, onde se reúnem as prostitutas e os gigolôs e os clubes de strip-tease começam a encher."
Joanne Harris in Danças e contradanças

23 setembro 2007



"Graças ao meu bom comportamento ganhei a confiança do pessoal do hotel, a ponto de até as putinhas me emprestarem o seu sabonete pessoal para o meu banho de chuveiro."

Gabriel Garcia Márquez in Viver para contar

18 setembro 2007


"Luis Enrique me absolveu com a sua lógica de que dinheiro roubado aos pais, se for usado para ir o cinema e não às putas, é dinheiro legítimo."
Gabriel Garcia Marquez in Viver para contar

09 setembro 2007



"Você está com um cheiro de puta que não tem quem aguente."

Gabriel Garcia Márquez in Viver para contar

29 agosto 2007



"O edificio era muito antigo, mas bem conservado, graças às putinhas cheias de cerimónia que perambulavam pelo Passeio Bolivar a partir das seis da tarde, na caçada de amores extraviados."

Gabriel Garcia Márquez in Viver para contar


"A solução: um hotel de putas a um quarteirão da catedral, onde se dormia sozinho ou acompanhado por um peso e meio"
Gabriel Garcia Márquez in Viver para Contar

21 agosto 2007


"Havia uns poucos camarotes sufocantes com dois beliches de quartel, quase sempre ocupados por umas putinhas mal-ajambradas que ofereciam serviços de emergência durante a viagem."
Gabriel Garcia Márquez in Viver para Contar